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Foto do escritorSinestelas UFJF

Os herdeiros do feminicídio: como o Fantástico "embala'' em telas os filhos das vítimas de misoginia

O Brasil é um dos países que mais mata mulheres no mundo3. Em 2021, foram mais

de 1300 feminicídios registrados no país, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública(FBSP). Isso significa que, em média, a cada sete horas uma mulher foi vítima de uma morte violenta.

Por si só, esse cenário já é trágico, mas existe outra camada atroz dessa calamidade

social. A estimativa é de que mais de 2300 pessoas perderam a mãe para a violência contra a mulher, em 2021. Como mensurar impactos na vida de uma pessoa que perde a mãe de uma maneira tão violenta? E ainda por cima, tendo a própria figura paterna como autor do crime? Uma reportagem da revista eletrônica Fantástico (Rede Globo) 4 se debruçou sobre a “saga” dessas vítimas (em sua maioria crianças, mas também jovens adultos) para compreender a realidade das famílias marcadas por esses homicídios que - desde 2015 - pela Lei 13.104, têm o qualificador a discriminação de gênero.

Diante desse cenário de violência e violação aos direitos humanos, submetemos para o 5º Congresso Internacional Media Ecology and Image Studies - A virtualização do novo ecossistema midiático um trabalho cujo objetivo era compreender como narrativas televisivas(como a do Fantástico)jogam luz no tema violência contra a mulher, sob a égide dos seguintes questionamentos: De que forma as camadas invisíveis do iceberg da violência doméstica são apresentadas? Qual o lugar da mulher na cobertura do feminicídio? De que forma o audiovisual pode contribuir para uma narrativa mais plural, justa e elucidativa, amparando as vítimas e os órfãos-sobreviventes?

Em uma sociedade em que 77% de sua população afirma assistir à televisão diariamente e cerca de 63% têm na TV o principal meio de informação (PBM 2016)5, parte-se do pressuposto de que o campo midiático, sobretudo o (tele)jornalismo, exerce um lugar estratégico na configuração das sociedades contemporâneas, contribuindo para a construção social da realidade nacional(BERGER e LUCKMANN, 2004) e para reflexão sobre oexercício dos direitos humanos, neste estudo em especial, o das mulheres.


Confira o artigo na íntegra. Clique aqui.



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